Adiar tarefas é mais comum do que parece e pode estar ligado a diversos fatores, como baixa autoestima, distrações constantes ou até transtornos como o TDAH. Embora muito presente no dia a dia de muitas pessoas, a procrastinação costuma provocar sentimentos de culpa, ansiedade e frustração.
Você pode estar postergando o início de algo, abandonando uma tarefa pela metade ou simplesmente deixando tudo para a última hora. Pensamentos como “depois eu vejo isso” ou “vai atrasar, mas tudo bem” são exemplos clássicos de como esse comportamento se manifesta.
Em alguns casos, a procrastinação é tão sutil que a pessoa nem percebe: de repente, ou uma hora vendo vídeos ou navegando por sites aleatórios, enquanto deveria estar concentrada em uma atividade importante.
Diferente do que muitos pensam, procrastinar não é sinal de preguiça ou falha de caráter. Encarar dessa forma apenas piora a situação e mascara os verdadeiros motivos por trás do comportamento.
o que leva alguém a procrastinar?
Adiar tarefas pode ser uma forma de escapar de emoções difíceis. É comum evitar aquilo que parece entediante, frustrante, estressante ou que não tem um significado claro. Algumas situações também carregam um peso emocional maior, como fazer uma declaração de imposto ou organizar os pertences de alguém que faleceu.
Outro fator importante é o perfeccionismo. O medo de errar pode ser tão grande que a pessoa paralisa. A pressão para fazer tudo perfeito trava qualquer ação inicial.
Pessoas com baixa autoestima também tendem a procrastinar. Quando se tem uma visão negativa de si mesmo e pouca confiança nas próprias capacidades, a tendência é evitar o desafio antes mesmo de tentar.
As distrações tecnológicas são mais um obstáculo. Redes sociais, notificações e outras distrações digitais competem com as tarefas importantes e alimentam o ciclo de adiamento.
Em certos casos, a procrastinação frequente pode estar ligada a condições como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Nesses casos, procurar ajuda profissional pode ser essencial.
pode ter algum lado positivo?
Para alguns, deixar tudo para a última hora funciona como um motor de produtividade — a pressão do prazo aumenta o foco. Adiar tarefas também pode aliviar temporariamente emoções negativas associadas a elas. Mas esse alívio é ageiro.
Com o tempo, a procrastinação tende a aumentar o estresse, a culpa e até prejudicar o bem-estar emocional. Além disso, estudos apontam que o hábito pode afetar negativamente o desempenho acadêmico e profissional, com impactos como salários menores e mais dificuldade de manter o emprego.
como começar a mudar?
Alguns os podem ajudar:
- Reconheça o que você sente em relação à tarefa;
- Divida grandes tarefas em pequenas etapas;
- Crie rotinas e minimize distrações;
- Use prazos realistas e recompensas;
- Procure ajuda profissional se a procrastinação estiver comprometendo sua vida pessoal ou profissional.
Foto: Reprodução/Creative Commons
Fonte: The Conversation Brasil
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